Em transmissão ao vivo, diretor-presidente da Agerh reforçou a importância da gestão da água no Espírito Santo.
Gestão da água é uma expressão pouco ouvida pelo público leigo, mas de extrema importância para a sustentabilidade ecológica, econômica e social do Espírito Santo. O assunto, que é um dos pilares das Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, foi tema de uma conversa ao vivo, na tarde dessa terça-feira (21), transmitida pelo Instagram @meioambientees - rede social do sistema ambiental do Governo do Estado.
O diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Fábio Ahnert, participou da live e começou dizendo que, conforme registrado na Política de Recursos Hídricos, a água é um recurso natural finito, dotado de valor social, cultural, ecológico e econômico. “Estamos tão acostumados com a água no dia a dia e fomos criados num ambiente preponderantemente de abundância que levamos no automático. Mas é importante sempre lembrar que a água é limitada e nós precisamos dela para absolutamente tudo, inclusive para o desenvolvimento das regiões”, disse.
Mas, como distribuir o recurso hídrico de forma justa para todos que precisam dele para sobreviver? É aí que entra a gestão da água, que deve ser feita de forma descentralizada, com a participação da sociedade civil organizada, dos usuários e do poder público.
No Espírito Santo, a Agerh é o órgão estadual responsável pela regulação da água, seja ela para o saneamento, para a agricultura ou a indústria. “A água é um bem público e, por isso, deve ser administrada por um órgão público, que deve zelar pela coletividade”, lembrou Ahnert.
Para que isso funcione, a Política Estadual de Recursos Hídricos traz alguns instrumentos de gestão, entre eles a Outorga de Direito de Uso da Água, analisada e emitida pela Agerh.
A outorga é o principal instrumento de controle para promover o equilíbrio de oferta para cada uso da água, promovendo a sustentabilidade da bacia hidrográfica, disse Fábio Ahnert ao comentar sobre a importância de os usuários de água buscarem essa regularização. “A análise técnica verifica se a quantidade de água retirada pelo usuário está compatível com o uso racional e a disponibilidade de água no curso hídrico, para evitar excessos e manter a oferta do recurso para a natureza e para os demais usuários”, explicou o diretor presidente da Agerh.
Os Planos de Bacia são outros instrumentos também previstos na Política de Recursos Hídricos e coordenados pela equipe da Agerh que traçam as informações, desafios e ações necessárias para a sustentabilidade de cada bacia hidrográfica. “Os planos são um grande norte para o desenvolvimento e as decisões que envolvem o uso da água”, comentou Ahnert.
A live ainda passou por outros temas, como o ciclo da água, eventos extremos, características do Espírito Santo, participação social - destacando o papel dos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs) e dicas para atitudes sustentáveis. Fábio Ahnert encerrou sua participação dizendo que a cultura da abundância precisa ser quebrada. “Não há uma receita única, mas é preciso que a sociedade como um todo trabalhe para a melhoria das condições de qualidade e quantidade da água. Cada indivíduo pode dar sua contribuição ao fazer um uso mais econômico, pressionando menos a necessidade de retirada da água da natureza.”
A conversa, mediada pela assessoria de comunicação da Agerh, e transmitida ao vivo está disponível no perfil do Meio Ambiente ES no Instagram. Clique para assistir.
A segunda live da série de bate-papos acontece na próxima terça-feira (28), às 17h, no @meioambientees, e terá como tema a importância dos Planos de Bacias para a proteção ambiental e desenvolvimento regional. Quem falará sobre o assunto é a gerente de Planejamento e Pesquisa da Agerh e doutora em recursos hídricos, Monica Amorim.
Informações à Imprensa
Assessoria de Comunicação da Agerh
Francine Leite
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