Uma das funções da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) é difundir conhecimento e informações que promovam a preservação dos Recursos Hídricos. Seguindo essa premissa, técnicos do órgão participaram de uma aula de campo com 25 alunos dos cursos de Geografia e Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A aula aconteceu nesta sexta-feira (29), na Fazenda Jucuruaba, no município de Viana, onde fica uma das estações da Rede de Monitoramento da Agerh.
A aula foi ministrada pelos agentes de Desenvolvimento Ambiental e Recursos Hídricos Geovane Sartori e Julio Demuner Ferreira, que atuam na Gerência de Geomática e Rede da Agerh e são os responsáveis pelo monitoramento das vazões dos rios. A pedido do professor Fabian Sá, da Ufes, os agentes explicaram aos alunos da disciplina Aspectos da Hidrologia Continental o funcionamento das estações de monitoramento e os equipamentos e métodos utilizados para medir vazão de rios.
Primeiro, os estudantes observaram o método de medição por régua, que é o mais antigo. A régua situada na Fazenda Jucuruaba foi instalada na década de 50, mas como não depende do uso de energia elétrica ou de tecnologias como GPS e transmissão de dados, acaba sendo o método mais confiável. Nele, um observador contratado, geralmente morador da localidade, anota, em uma caderneta, a altura da água do rio em relação à régua. Este observador realiza o procedimento diariamente, duas vezes ao dia.
Já a Plataforma de Coleta de Dados (PCD), que também foi visitada, é o meio mais moderno de se medir vazões. Ela é instalada a uma distância máxima de 100 metros do rio, coleta os dados de vazão, armazena e transmite os dados para uma central de monitoramento. Durante a visita a campo, os alunos também presenciaram uma medição de vazão feita de forma manual com a utilização de aparelhos de última geração.
Fabian Sá falou sobre a importância da parceria com a Agerh e sobre a produtividade dos eventos em campo. “Essa parceria com a Agerh e outros órgãos é importante em dois aspectos: a oportunidade de vir a campo e experimentar o conhecimento dos profissionais é de extrema importância. Outro fator é a percepção do que a universidade pode oferecer para ajudar a Agência, além da satisfação dos alunos. É muito produtivo”, disse o professor.
O agente de Desenvolvimento Ambiental e Recursos Hídricos Geovane Sartorio gostou da experiência. “É muito satisfatório poder passar para o público acadêmico o nosso conhecimento e mostrar o nosso trabalho. É prazeroso poder trocar experiência com esses alunos que podem vir a ser nossos colegas”, disse.
Desde a criação da Agerh, o órgão atua em parceria com diversas universidades em vários projetos.