Governo do Estado do Espírito Santo
01/03/2019 17h44 - Atualizado em 07/03/2019 09h48

Membros de comitê afluente do Rio Doce fazem visita técnica na Lagoa Juparanã

A lagoa abrange três municípios do norte capixaba e teve o volume aumentado depois que uma barragem foi construída pela Fundação Renova no Rio Pequeno. 

A bordo de um barco a motor, representantes do Comitê de Bacias Hidrográficas Pontões e Lagoas do Rio Doce percorreram trechos da segunda maior lagoa do Brasil. As águas da Lagoa Juparanã banham uma área de quase 64 km², abrangendo os municípios de Linhares, Sooretama e Rio Bananal, no norte do Espírito Santo. 

A visita aconteceu nessa quarta-feira (27). O agente de Desenvolvimento Ambiental e Recursos Hídricos da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Pedro Murilo Andrade, estava presente. “Nós voltamos à lagoa para ver se o nível da água baixou, mas a variação foi mínima”, disse.

O nível da Lagoa Juparanã aumentou quase seis metros depois da construção de uma barragem no Rio Pequeno (ou São José), que deságua na lagoa. A estrutura foi construída pela Fundação Renova depois do rompimento das barragens da Samarco, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015. A construção impediu a chegada da lama de rejeitos na Juparanã, cuja água passou a ser captada para o consumo humano no município de Linhares. 

O problema é que a cheia atingiu fazendas, pastagens e construções ribeirinhas. Moradores do entorno foram impactados e os prejuízos são incalculáveis. A Renova abriu um canal para o escoamento da água, mas não foi suficiente. Segundo o presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas Pontões e Lagoas do Rio Doce, Antonio Ruy Junior, no último ano, o nível baixou apenas 1,72m.

“A lagoa está linda cheia, mas precisa oscilar naturalmente para a troca de nutrientes. Essa é uma enchente artificial causada por um desastre ambiental”, explica o presidente do comitê. “O canal não foi suficiente para escoar o volume prometido pela Renova e agora também não pode ser mexido”, afirma.  

A questão foi judicializada e qualquer intervenção só pode ser feita mediante autorização do juiz responsável pelo caso. “Ao meu ver, a Lagoa Juparanã, infelizmente, não baixa mais. Mas nós vamos fazer o possível para amenizar e monitorar os impactos sociais e ambientais”, finaliza Antônio Ruy Junior. 

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