O Seminário de Saneamento e Recursos Hídricos apresentou os desafios da integração no setor.
A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) participou, nesta quinta-feira (14), do Seminário Saneamento e Recursos Hídricos - Desafios da Integração, em Vitória. O evento discutiu o avanço da política de saneamento no Espírito Santo e no Brasil e os caminhos para a universalização, cuja meta nacional é esgoto 100% tratado até 2030.
A ampliação e melhoria do saneamento nos municípios são as principais ações previstas nos Planos de Recursos Hídricos e Bacias Hidrográficas elaborados pela Agerh nos últimos anos. São metas a serem cumpridas até 2038, já que Planos de Bacia trabalham com um horizonte de 20 anos.
O diretor-presidente da Agerh, Fabio Ahnert, foi o mediador da mesa de debates e falou sobre a importância da integração. "Precisamos de uma gestão mais participativa para assumir as rédeas dos principais processos decisórios. Nós já fazemos isso no diálogo com os comitês de bacia, mas é preciso ampliar horizontes para atendermos às metas"
Em palestra, a gestora de projetos da Agerh, Mônica Amorim, apresentou dados de qualidade da água presentes no Plano Estadual de Recursos Hídricos e nos planos de cinco bacias hidrográficas finalizados este ano
Segundo Monica Amorim, que coordena os projetos, o Espírito Santo tem trechos de rios com qualidade de água comprometida, principalmente por causa do esgoto não tratado. "Condições piores são encontradas perto das sedes municipais, onde há mais moradores e menos tratamento do esgoto gerado", analisou.
Mais da metade dos municípios do Estado não possui rede de coleta universal, ou seja, grande parte dos efluentes domésticos é lançada in natura nos rios. Nos que têm coleta, algumas estações de tratamento (ETE) não são suficientes para a remoção da carga orgânica que necessitamos para chegar a uma real qualidade da água. "As ETE precisam ser modernizadas, para elevar a eficiência de tratamento", afirmou
Os rios capixabas também terão metas de qualidade da água a serem cumpridas.
Além da Agerh, o mesmo painel teve contribuições da chefe de Gestão Ambiental da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), Helena Alves, do técnico de projetos sênior da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carlos Xavier, do gerente de desestatização do BNDES, Heldo Vieira, e do diretor de hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), Marcos Neves.
O seminário reuniu professores, engenheiros, formadores de opinião, estudantes e representantes de comitês de bacias hidrográficas, um público diverso interessado em debater o assunto. O evento foi realizado pelas empresas Ambiental Serra e Ambiental Vila Velha, do grupo Aegea, pela Cesan e organizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes Seção Espirito Santo), Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e o escritório de advocacia Carvalho & Marchezini.
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Informações à Imprensa
Assessoria de Comunicação da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh)
Francine Leite
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