Governo do Estado do Espírito Santo
18/08/2020 15h19 - Atualizado em 21/08/2020 17h05

Governo sobrevoa rios para implementar Sistema de Alerta de Inundações no sul do Estado

Reprodução Notaer

Primeiro voo está previsto para esta quarta-feira (19) e tem como roteiro os rios Iconha e Itapemirim.

A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), a Defesa Civil Estadual, o Núcleo de Operações e Transporte Aéreo do Espírito Santo (Notaer) e a TV Educativa (TVE) vão sobrevoar as bacias hidrográficas do sul do Estado para analisar os pontos onde serão instaladas as estações de monitoramento de chuva e vazão que vão compor um sistema de alerta de eventos extremos na região.

O primeiro voo está previsto para esta quarta-feira (19) e tem como roteiro as bacias hidrográficas dos rios Novo e Itapemirim. A equipe deve sobrevoar os municípios do Caparaó, Castelo, Cachoeiro de Itapemirim, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Iconha e Piúma. As regiões foram castigadas por inundações em janeiro deste ano e têm um histórico de cheias dos rios que impactam a população, a economia e o meio ambiente locais.

Para a implementação de um Sistema de Alerta nas regiões, a Agerh e a Defesa Civil estão estudando, desde o início do ano, as prováveis localizações das estações de monitoramento. Até o momento, 23 pontos foram identificados como estratégicos para a verificação do volume de chuvas e do comportamento das vazões dos rios, informações que podem antecipar cenários e ações de prevenção em caso de risco de enchentes.

Para confirmar a viabilidade técnica das microlocalizações, a Agerh e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Novo fizeram uma parceria com o Notaer, que disponibilizou uma aeronave para sobrevoar os pontos estudados. Para documentação de imagens, os locais serão registrados por um cinegrafista cedido pela TVE.

De acordo com o diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert, a rede de alerta, cujo custo estimado é de aproximadamente R$ 3 milhões de reais, começou a ser estudada no rio Itapemirim e foi ampliada para as bacias vizinhas. “É uma região de características fisiográficas e dinâmicas de chuva semelhantes. Pelo relevo em comum, que drena as águas para as partes mais baixas e, junto a outros fatores, provocam as inundações. Monitorando locais estratégicos, teremos instrumentos para prevenir impactos e antecipar ações”, disse Fábio Ahnert.

O coordenador da Defesa Civil Estadual, Coronel André Có, destacou o esforço conjunto para terminar de integrar uma robusta rede de monitoramento e prevenção de eventos críticos, com a integração de dados e a criação do Centro de Gerenciamento de Desastres, que deve ficar pronto em um ano. “Num desastre natural, nós não temos o poder de interferir na gradação da ameaça, então temos que trabalhar para minimizar a vulnerabilidade das pessoas, e é isso que o Governo está fazendo com todas essas ações preventivas”, afirmou.

O sobrevoo será comandado pelos militares do Notaer. Segundo o secretário-chefe de Estado da Casa Militar, coronel Jocarly Martins de Aguiar Junior, a experiência da equipe nesse tipo de missão pode otimizar recursos. "A equipe reúne experiência e conhecimentos técnicos para levar segurança e apoio aos envolvidos", garantiu

O chefe do Núcleo, Major PM Sérgio Luiz Anechini, acrescenta que "todas as fases de planejamento para a operação aérea foram cumpridas com rigor, o que refletirá no sucesso da missão e em um excelente serviço prestado à sociedade, principalmente a que reside nas regiões atingidas pelas chuvas de janeiro de 2020."

O diretor-presidente da TV Educativa do Estado (TVE), Igor Pontini, ressalta que a parceria vai ao encontro da missão da emissora de acompanhar permanentemente as políticas governamentais do Estado. “Essa parceria fortalece a divulgação de uma política pública fundamental para o meio ambiente e importante para as cidades capixabas.”

Quem também acompanhará o voo será o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Novo, Mauricio Vieira Gomes, que relatou uma modificação nas características da bacia, principalmente depois das inundações de janeiro último. “Qualquer chuva impacta os rios e os moradores do entorno. Esse olhar do Estado ajudará a definir o que será mais efetivo para minimizar os impactos das próximas chuvas e o sofrimento da nossa população”, pontuou o presidente do CBH.

Leia mais:

>> Sistema no Sul pode funcionar de forma semelhante à Rede de Alerta do Rio Doce

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